terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Labirinto


                Fim de ano é sempre a mesma coisa. Queremos praia, festa, diversão, amores de verão. E todo fim de ano, sentamos, nem que seja por cinco minutos para pensar nas coisas que queremos para o ano seguinte. É sempre assim.

                Aí então você decide que vai se esforçar mais para tirar boas notas na escola e ir ao último trimestre só pra avacalhar, dormir e matar aula. Decide que vai parar de brigar com seus pais, que vai se dedicar mais ao trabalho para ter um reconhecimento e quem sabe, um aumento.
                Mas acredito que apenas estabelecer essas “submetas” não adianta. Você precisa ter uma meta maior que será atingida através da efetuação desses outros complementos. Até porque eu acho fácil tirar boas notas na escola. Parar de brigar com meus pais que pode ser um pouco complicado, já que eu sou extremamente teimosa e orgulhosa, e eles também, o que torna as brigas quase diárias. E trabalho é fácil, lá eu me dedico mesmo, sempre foi assim.
                É de extrema importância ter uma meta maior, aquela pela qual você sem dúvida vai ser a motivado a cumprir as “submetas”. A verdade é que se você não sabe o que quer, sua vida vira um labirinto. Ter um rumo é essencial. Saber para onde ir não só é vital como nos dá segurança. E é isso que vou ter que traçar em 2011: minha vida.
                É, não é fácil. Imagine-se com dezessete anos tendo que decidir todo o seu futuro, quando ainda se quer apenas festa e diversão. Dureza. Mas tudo bem é assim que é, assim o curso segue e devemos acompanhar. Com metas traçadas. Com segurança. Pra não se perder.
                Provavelmente essa será a última postagem do ano, então, quero desejar a você um Feliz Ano Novo repleto de “submetas” para alcançar sua meta maior. E jamais esqueça de acreditar nos seus sonhos, porque são eles que movem seu universo. Vemos-nos ano que vem galera. Obrigada pelo carinho e pelas sugestões dadas ao blog. Beijos.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Abra seus braços para me refugiar

Peguei-me pensando em algumas coisas hoje. Coisas demais até. Férias são para descansar, e não para se preocupar. Mas estou preocupada. Ano que vem será meu último ano no colegial, o último de ano de segurança e irresponsabilidade. Depois, a realidade irá me atropelar, e não sei se estarei pronta para ela.
                Como posso decidir o que quero para a minha vida em apenas um ano, em apenas meses? Para nós, adolescentes, é demais. Estamos acostumados com decisões que não dão certo. Aquele vestido talvez não tenha ficado tão bom como você imaginou, ou aquele cara não era o que você esperava. Mas essas são decisões fáceis de voltar atrás, fáceis de consertar. Mas e se de repente você decide que quer fazer Jornalismo e então tem suas primeiras aulas e não era bem isso que queria. E agora quer fazer Fisioterapia. Como você pode mudar isso facilmente?
                Decidir sua vida em um ano é muita coisa. Mas isso não é tão assustador. Eu sei que perderei amizades. Todos nos formaremos e sairemos em busca dos nossos sonhos, sejam eles quais forem, e eventualmente, o contato vai sumindo. Não é incrível o quanto deixamos para trás pessoas que sabem tanto sobre nós? Deixaremos nossos amigos de bagunça, aqueles que participavam das guerras de buchinhas de papel, aqueles que eram anjos e nos emprestavam a matéria que deixamos de copiar, tanto por ter matado aula no pátio como por ter pegado no sono, ou mesmo aqueles com quem compartilhamos tantas coisas (como moletons) e sentimentos. O colegial acaba, e muitas vezes, “nós” acabamos com ele.
                Isso me abala, e muito. Adoraria poder dizer que isso jamais vai acontecer comigo, ou com meus colegas e amigos. Mas estarei mentindo para mim mesma. O fato é que aquela famosa frase “você só sabe dar valor a algo quando o perde” é a pura verdade. Reclamamos de ter de acordar cedo, seja no calor ou no frio congelante, reclamamos por termos que copiar, entender e estudar muito para as provas. Mas acredite, vamos sentir falta dessa irresponsabilidade. Porque sim, é irresponsável. Apenas comparecer na aula e estudar por obrigação é irresponsabilidade. E ninguém gosta de aula. Gostamos é de ir para a escola.
                E sentirei tanta falta disso quando tiver de pagar minhas contas sozinha, quando tiver que acordar cedo para trabalhar (e não ter nem a mínima possibilidade de dormir durante aquela tarefa que odeio fazer), quando apenas quiser fazer bagunça e isso simplesmente não for mais apropriado para a minha idade. Ah sim, com certeza ficarei com saudade. Mas encontrarei refúgio nas lembranças, em cada momento bem aproveitado (ou não), em casa história que contarei um dia aos meus filhos.
                A perspectiva de tantas perdas quando apenas deveria estar feliz por me formar me assusta. É engraçado, que para ganharmos alguma coisa, perdemos outras. Por isso, já elaborei minha meta para 2011: transformar esse ano em uma época da qual sempre vou me lembrar sorrindo, e quando isso acontecer, vou pegar o telefone e ligar para os meus amigos do tempo da escola, nem que seja para perguntar se está tudo bem. Porque eu simplesmente não gostaria que eles se esquecessem de mim.
                E não importa onde e quando, eles serão meu refúgio.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

You and Me

And I woulda did anything for you
To show you how much I adored you
But it’s over now, it’s too late to save our love
Just promise me you’ll think of me everytime you look up in the sky and see a star.




Faz um tempo, alguém me mandou isso. Não fez muito sentido no começo, mas agora entendo perfeitamente. Até onde podemos ir para salvar algo? Podemos ultrapassar os limites entendíveis pelos seres humanos, podemos buscar essa salvação muito além deste plano? Eu não sei. Sempre me disseram que nunca se é tarde demais, mas isso é mentira. Chega um momento em que realmente é tarde demais, em que já não poderemos lutar para reconquistar algo, que já não somos mais fortes para levar algo adiante. E então acaba, fim. Mas não há como deixar de se lembrar, um dia sequer. Não se pode esquecer algo que nos fez tão bem.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

A história que você não quer contar

                Acabou. Sem mais explicações. De costas eles fogem, fecham-se em suas mentes. Muitas respostas não dadas, muitas palavras não ditas. Lágrimas. O fim. Ela tinha tantas verdades a dizer, mas guardou, e a verdade é que agora não importa mais. Seguiu procurando, buscando o que gostava nele. Ele não quis escutar, fingiu não se importar, não toca no assunto, se sente mal, o orgulho o fere.
                Ambos dizem estar tudo bem para não repetir sua história, ambos amam, mas sabem que este é o fim. Sabem que nem toda história de amor tem um final feliz.

Shine a light

O rapaz acordou em sua cama. Estava de bruços, o rosto virado para a janela onde entrava um filete de luz através da persiana. Piscou. Lembrou-se da noite passada. A festa. A garota que conhecera e levara para seu apartamento. A garota que lhe proporcionou tanto prazer, que o fez delirar. A garota que dormia a seu lado na cama. Sorriu. Virou-se. A cama a seu lado estava vazia e fria. Sobressaltou-se. Sentou. Olhou em volta. Apurou os ouvidos. Silêncio no quarto. Silêncio no banheiro. Silêncio atordoante no apartamento. Levantou-se, correu pelos cômodos. Nada. Ninguém. Nem sinal da garota. Voltou ao quarto.
                Teria sonhado? Bebido demais? Não. O quarto guardava lembranças. Camisinha no chão, lençóis desconexos, cheiro que só noites assim deixavam. Procurou um bilhete, um cartão, um número de telefone. Nada. Não havia deixado nem levado nada apenas sumira, como fumaça no ar, mágica pura.
                Lembrou-se de seus cabelos lisos, dos olhos amendoados, do sorriso provocante, do corpo perfeito. Nenhum nome, nenhuma referência, nada.
                E para acabar com a solidão, pediu, “se a encontrar, acenda uma luz sobre ela”.

DICA: Shine a Light é uma música do McFly que vale muito a pena ouvir (: então baixe e escute, não vai se arrepender.
P.S. Fiquei muito tempo sem postar porque estava sem computador. Textos novos saindo do forno, aguardem. Obrigada por lerem meu blog. Beeeeijos .-.