segunda-feira, 2 de maio de 2011

Fake Real

                Hoje eu me peguei pensando sobre o quanto podemos aguentar calados. O quanto podemos ser traídos e perdoar. Eu tenho uma tia que diz que Jesus ensinou que devermos sempre perdoar. Ok, isso foi o que ele disse. E eu digo que isso não é verdade. Se perdoar é divino então sou uma criatura amaldiçoada. Não que eu seja rancorosa, eu só sou de tipo que vai ficar para sempre com o pé atrás se for decepcionada. Sabe aquele conceito de fake, na internet? As pessoas se escondem atrás de personagens para se sentirem melhor. Na vida real isso também se aplica, está cheio mesmo de gente fake por aí, pessoas que se escondem do que são, mas, como tudo que é bom (?) dura pouco, a máscara cai, e o fake desanda.
                A verdade mesmo é que nós temos nossos corações partidos inúmeras vezes na vida. Nós cairemos e teremos que levantar em diversos momentos, você terá que mostrar coragem e força quando até duvidava de si mesmo. Você alguma vez já se decepcionou com alguém que confiava muito? Já quebrou a sua cara com situações totalmente inusitadas e impossíveis? Se sim, acho que você vai me entender, se não, farei o possível para que entenda.
                Você confia muito em uma pessoa. Ela é uma parte muito importante da sua vida, ela esteve presente nos seus melhores e piores momentos, ela te estendeu a mão quando ninguém mais parecia se importar se você estava caído ou não, ela te deu amor, carinho e amizade quando nada parecia fazer sentido, ou ao menos ter cor. Você colocaria sua mão no fogo por essa pessoa. Aí, do nada, você descobre um poço de falsidade e fofoca por trás disso tudo. E agora?
                Eu digo o agora: CHEGA! O que se passa na cabeça de uma pessoa assim? Ela mede as consequências de seus atos? Ela, alguma vez, pára para pensar que o que está fazendo pode te machucar? O pior, na verdade, é quando essa pessoa já errou com você, mas igualmente recebeu as chances depois de umas explicações. Mas, minha mãe mesmo diz que existe limite pra tudo. Limite pra ser troxa, pra ser idiota, pra ser burra, pra bancar a cega, limite de paciência e chances. As minhas se esgotaram.
                Sempre prometi a mim mesma, desde que amizade passou a ter algum significado para mim, que o dia em que eu cogitasse contar alguma coisa para alguém com medo do maldito “leva e traz”, então essa pessoa não merecia mais nenhuma consideração. É difícil quando isso é com alguém muito próximo, é difícil quando você percebe que apesar de tudo essa pessoa fará falta quando você der um basta, no entanto, amigos não confiáveis, ninguém quer.
                Em todo caso, isso vai soar como um desabafo. E na verdade é, porque não sei outra maneira de extravasar minha raiva que não seja escrevendo ou batendo em alguma coisa, e na falta de algo que possa ser destruído ou de um bom saco de areia, é assim que eu consigo controlar minha vontade insana de gritar. Enfim, termino esse texto aqui, com a certeza de que meu limite está excedido, e que em breve, um cargo de amiga ficará vago, de preferência para alguém mais digno do mesmo.
“Se você escutar todas as coisas que os seus amigos dizem, acabará sozinha.” (That’s the Truth – McFLY)

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